Nelson Theodoro Junior

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Decisão do Banco Central em manter os juros, em 13,75% é correta


Parecer do Copom foi tomado em meio às incertezas políticas

 
Esta semana recebi as considerações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apresentando uma concordância com o parecer do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) que decidiu manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano (a.a.), assertiva em meio às indefinições sobre inflação e arcabouço fiscal.

A análise feita pelo comitê da Fecomercio São Paulo, entende que os juros elevados devem acabar prejudicando todo o ritmo da atividade econômica, seja do produto, do revendedor ou de serviços. Esta taxa acabará encarecendo o crédito para consumidores e para todos os empresários e de tabela, ainda provocará uma inibição nos investimentos, o que aponta opções mais atrativas e seguras, como a alocação de recursos para investimentos em renda fixa, ou índices pré-fixados.

Por outro lado, a redução forçada da Selic, sem uma clareza da trajetória de queda da inflação e da equalização dos gastos públicos, pode trazer mais prejuízos do que benefícios, uma vez que o cenário afetaria as expectativas dos investidores e levaria a uma resposta do mercado, por meio da elevação da curva da taxa de juros de longo prazo. É muito clara a percepção da pressão política para que a taxa de juros seja diminuída, no entanto, é importante que o arcabouço fiscal — a estrutura de despesas e receitas do governo — seja factível e apreciado pelo Congresso.

Esse plano fiscal é baseado no aumento de gastos, via expectativa de alta de receita, por meio de medidas como ampliação da fiscalização, redução de subsídios, regulamentação de setores com inclusão de taxas, entre outros, como resultado, a insegurança frente a uma conjuntura incerta, por esses ângulos podemos observar que a decisão agora foi acertada.

O Governo precisa entender que antes de baixar os juros é preciso apresentar a forma de redução do “Custo Brasil”, ou seja, os custos de manter a máquina do estado funcionando, custos pagos com nossos altos impostos, que recarem em todos, seja empresário, seja pessoa física normal.

Somos um dos países que mais paga imposto no mundo e a atual proposta em discussão, demostra aumento neles e não apresenta soluções para redução de custo. A próxima reunião ocorrerá no fim do mês de junho, serão mais dois meses para acompanharmos os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor que podem influenciar nas negociações do arcabouço fiscal. Caso tudo ocorra de forma favorável, o Copom, enfim, pode decidir pelo início do ciclo de quedas da taxa.

Torceremos por uma solução.

Boa semana a todos!


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