No mês de dezembro de 2021, eu e a Paula estivemos em companhia do Jarbas Magalhães e a querida Rosana, na cidade de São Lourenço. Cidade incrível que preserva sua história. Conhecemos o funcionamento de uma verdadeira estação ferroviária, típica do século passado. O passeio partiu da estação de São Lourenço, Km 80 da antiga Estrada de Ferro Minas & Rio, construída em 1884, na 1424 – A, locomotiva de origem americana, fabricada em 1927 pela Baldwin Locomotive Works, . Esse trem faz o trajeto até Soledade de Minas, são 20 km de passeio (ida e volta) com duração total de 2 horas.
Em Soledade, acontece a magia da parada, encontramos vários boxes com pequenas lojas, que oferecem comidas típicas, artesanato da cidade, produtos da cidade, além dos tradicionais botecos e até uma barbearia com sua cadeira tradicional.
Há também um interessante museu contando a história da ferrovia, com belas peças em exposição, além de um vídeo explicativo de curta duração que enaltece as conquistas das ferrovias e das pessoas que a construíram.
A ferrovia funciona aos finais de semana com 2, 3 ou 4 composições de vagões de primeira e segunda classe.
Durante a viagem, o Jarbas nos contou que seu pai usava muito esse tipo de transporte na época e sempre usava um “Guarda Pó”, que era uma proteção para a roupa das faíscas ou fuligem da Maria Fumaça.
Durante o passeio, lembrei que em Mogi Mirim teve um trem dentro da cidade, que ligava várias estações, que foi apagado do sistema. Não estou aqui para criticar e, sim, mostrar que faltou um olhar da cidade na preservação da estrutura do transporte. Hoje, poderíamos ter no mínimo um passeio como esse entre o centro de Mogi Mirim e o Distrito de Martim Francisco. Como isso seria bacana e atrairia muitas pessoas para o turismo em nossa cidade.
Comento isso, porque estamos num tempo de mudanças e com certeza, temos muitas coisas que devem ser preservadas, que num futuro próximo farão falta, ou melhor, serem oportunidades de renda para os moradores de nossa cidade.
Boa semana, pensemos no futuro, mas sem esquecermos que muitos pagam para visitar o passado.