Nelson Theodoro Junior

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Febre Maculosa: uma doença que merece sua atenção


Compartilho os conhecimentos que recebi do Prof. Dr. Marcelo Nascimento Burattini, infectologista e professor adjunto da EPM/Unifesp, a respeito da Febre Maculosa, uma doença perigosa, que está atingindo muitas pessoas na região de São Paulo, o que causou mortes e alguns casos de suspeita, que levaram a internações.

Repassarei algumas das informações que pude aprender, através desse professor e como minha primeira formação é em licenciatura de Biologia, faço um apelo para que meus leitores sejam mais cautelosos, durante seus momentos de lazer, no dia a dia e que se cuidem para evitar essa infecção que está preocupando todo o nosso estado, principalmente, os moradores de zonas rurais.

Segundo o doutor, a Febre Maculosa é uma doença conhecida há mais de um século, causada por duas espécies de bactérias do gênero Rickettsia. A doença está presente, principalmente, na região sudeste do país, em cidades como Campinas, Piracicaba e nas vegetações das matas ciliares. Essa doença que depende da presença de seu vetor, um carrapato do gênero Amblyomma cajennense, também conhecido como carrapato-estrela, é transmitida por larvas e ninfas (espécies jovens), uma das 4 formas do ciclo de vida evolutivo da espécie, que possuem uma picada menos agressiva, portanto, não é percebida pelo hospedeiro humano, por isso, tome cuidado com coceiras repentinas!

A infecção ocorre da seguinte maneira: a espécie Rickttsia deposita os seus ovos na vegetação rasteira. Esses ovos são evoluídos e se transformam em larvas e ninfas, que se fixam nos hospedeiros humanos ou animais, quando este se depara com a vegetação. Para que um carrapato transmita a doença, ele precisa permanecer em contato e sugar o sangue de seu hospedeiro por um longo período, até que ele complete o repasse sanguíneo. É nesse momento que ele libera as secreções digestivas que contêm o parasita e que podem causar infecção. Ou seja, durante esse período em que o carrapato se liga à pele de um animal hospedeiro intermediário para obter resposta sanguínea, ele não solta, não pula ou procura outro animal, apenas se descola, quando completa a refeição.

Os principais hospedeiros intermediários são a capivara e os cavalos, que são animais resistentes que infectam os humanos, mas não ficam doentes. Em algumas situações no passado, porém, atualmente nem tanto, os cachorros podem ser animais intermediários. Mas, é importante destacar que um ser humano não transmite a doença para outro ser humano e também, não é infectado diretamente pela capivara ou cão, exceto haja um contato íntimo com o animal, como um abraço ou carinho. Após esse contato, a infecção evolui de maneira muito rápida e precisa de um tratamento imediato.

Ao ser infectado, o hospedeiro deve procurar por um médico ou hospital mais próximo imediatamente e realizar exames o mais breve possível! O período de exposição ao carrapato até o desenvolvimento de sintomas acontece de 2 a 12 dias e os sintomas incluem: febre alta, cefaleia, mal-estar geral, fraqueza por 48 a 72 horas, aparecimento de manchas no corpo.

Reforçando a mensagem deste vídeo, peço para que todos se cuidem, usem calçados altos e fechados, se possível, também optem por usar meias que cubram a barra da calça para evitar picadas e evitem lugares de risco de infecção. Busquem sempre estar informados por um especialista e previnam-se!

Boa semana e fiquem com Deus!


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