O domingo passado amanheceu bonito, o sol ainda despontava, quando acordei e comecei a me preparar para o 1º Encontro dos Veteranos de Fanfarras de Mogi Mirim. Logo cedo, recebi a grata ligação da Tia Lena, a dona das melhores biribas que já comi, informando que iria prestigiar o encontro levando suas delícias para o momento do intervalo.
O primeiro a chegar foi o Thiago, nosso mestre instrutor, esse menino hoje homem formado, vendedor de artigos para pets, teve o cuidado de nos últimos 60 dias, reformar, afinar e preparar muitos instrumentos para o evento. E ele chegou decidido, trouxe, em sua van, os instrumentos e a esposa e os filhos que participaram ativamente do encontro.
Logo depois, o Camilo chegou animado, também com seus mais de 40 anos, representante comercial. Camilo cadastrou os participantes e fez a integração com os instrumentos disponíveis.
Um membro merece destaque, o veterano Beto Rahal (o mais velho da turma), 62 anos de muita energia, foi tocador de Fanfarra e puxador de bateria da escola de samba do Tucura. Assumiu o único fuzileiro, mostrando que os 40 anos que separam a última vez que tocou não o fizeram se esquecer de como girar a baqueta. Em conversa com sua esposa Silvia Scomparin, veio um comentário histórico: “Eu sempre fui assistir aos desfiles das escolas, quando criança e tinha muito medo e admiração dos fuzileiros que passavam girando as baquetas e mal sabia que um desses tocadores que tanto admirava seria meu marido”
Assim, foi nossa manhã, tivemos 22 pessoas tocando, 22 histórias diferentes, no início, a apresentação de cada integrante e alguns nomes foram lembrados, como Flodoaldo, Gama, Cação, Chico, sem falar dos fatos. Mogi Mirim teve tradição em Fanfarras. Inúmeros prêmios foram conseguidos em concursos em toda região do nosso estado, mesmo assim nossos dirigentes deixaram tudo acabar.
E até se consegue entender, visto a morosidade e o descompasso entre os departamentos da Prefeitura Municipal. Ao idealizarmos o encontro, houve o cuidado de protocolar na Prefeitura a atividade e o uso da Praça do Inocoop, como ponto de encontro. Acreditando ser uma forma gentil de comunicar que pretendíamos fazer algo pela nossa cidade. E recebemos um apoio incondicional da Secretaria de Cultura do Sr. Luiz Dalbo, que esteve presente nessa atitude simples, que provocou o movimento de famílias assistindo e crianças brincando, nas proximidades.
SURPRESA: Em contrapartida e totalmente fora de compasso, a Secretaria de Finanças da Prefeitura ligou, na sexta-feira, uma pessoa muito gentil pedindo desculpas pela demora, visto que o protocolo do evento foi no dia 17 e o evento aconteceria no dia 28, para informar que para usar a Praça teria que pagar uma taxa para a Prefeitura, ( não dá para acreditar) em nenhum momento, esse ganancioso responsável pelo setor procurou se informar do que se tratava a atividade. E logo, quis cobrar, ou melhor, criar dificuldade? Nossa informação foi que não usaríamos mais a praça e completando, que ser avisado na véspera, parecia um querer boicotar o evento.
Nesse momento, a ficha caiu e descobrimos o porquê as coisas são difíceis em Mogi Mirim, os responsáveis por incentivar, criar e melhorar a qualidade de vida das pessoas, são os primeiros a jogar balde de água fria, a gerar empecilhos e dificultar as iniciativas.
O que queremos é uma cidade amiga, acolhedora, um lugar para os visitantes deixarem seus recursos aqui, para isso é necessário uma Prefeitura mais ágil e integrada a tudo, pensando no desenvolvimento e na qualidade de vida da população, isso deve mudar.
A meu ver não custava nada ligar para o solicitante, ou mesmo para o Secretario de Cultura, para saber detalhes, não simplesmente criar uma conta ou como já foi mencionado, dizer nas entrelinhas (não quero que façam nada na cidade, deixe tudo ruir e ficar às moscas).
O objetivo do evento foi resgatar a tradição das fanfarras da cidade, uma responsabilidade que deveria ser dos “eleitos” e não levar mais dinheiro para os funcionários da prefeitura. Essa surpresa me revoltou, desculpe o desabafo. (Se estou errado mil desculpas, mas as equipes têm o poder, melhor tem o dever de consertar os erros, precisam ser mais ágeis, apresentar soluções às chefias e mostrar eficiência para a população e assim ganhar apoio para futuras reinvindicações).
Boa semana, fique atento ao que acontece a sua volta, ajude sua cidade a se desenvolver!