Acabei de assistir a um vídeo de personagem anônimo, em que seu comentário está focado nas figurinhas da Copa do Mundo, sua mensagem lembrou como era bom e triste ao mesmo tempo colecionar as figurinhas, era bom comprar e encontrar as figurinhas que não se tinha, era triste passar pela banca e não ter recursos para comprar outros envelopes, mas era bom ir à pracinha ou durante o recreio da escola bater as figurinhas com os amigos, às vezes se ganhava, às vezes se perdia, mas era sempre um encontro com dois lados, o lado bom de ganhar e o lado triste de perder a oportunidade de conquistar as figurinhas especiais (chaves, coringas, 5 estrelas).
Sempre havia os amigos que eram melhores no “bater”, e sabe por que eram bons, eles estavam sempre treinando, se arriscando, ganhando de uns e perdendo de outros, e diferenciados dos demais na hora da disputa, ainda havia aqueles que usavam recursos escusos, como colocar saliva na mão para colar a figurinha, ah, esse, quando descoberto, levava “croque”.
E assim é a nossa vida, muitos têm ideias ótimas, mas não colocam em prática, por falta de coragem em arriscar nome, posição, ganhos. Outros fazem, erram, acertam e seguem em frente, quando acertam ouvem “eu já tinha pensado nisso”, ou “eu pensei primeiro, só não fiz” dos desprovidos de coragem, que se aproveitam para se aproximar e roubar a cena, oferecendo migalhas e esquecendo que todo início teve uma chama e uma coragem de criar o movimento e que isso precisa se manter vivo, constante. Os chamados “chupins” não se preocupam se a ideia ou a atividade terá sequência, apenas querem usufruir do momento e depois abandonam buscando outros para se aproveitarem.
Tenho presenciado diversas ações como essas em nosso País, Estado e Município, ações que começam e não proliferam devido exatamente a essa visão de mundo equivocada, onde quem inicia é deixado de lado e aos poucos tudo acaba. Assim, se conhecer alguém que não tem a coragem de criar, não deixe que se destrua, faça o contrário, incentive-o, dê apoio, invista junto, e não falo de recursos financeiros que são importantes, mas na doação do seu tempo. Acredite, essa atitude pode resultar mais retorno e benefícios para todos.
É preciso estabelecer iniciativas que se moldem aos objetivos principais e não atirar para todo lado, cada instituição possui sua base de criação e todos devem seguir seu papel, colaborando para um crescimento maior. Agora, procurar não se afastar do principal, a prioridade deve ser sempre com os membros do grupo, aqueles que acreditam e colaboram com a subsistência.
Fazer é diferente de pensar em fazer, ouvi muito nos últimos tempos “veio a pandemia, por isso não foi feito”, pode ser verdade, agora muitos realizaram mesmo com a pandemia. E saiba que ainda dá tempo de se fazer muita coisa, evite tentar pegar o ônibus de outra pessoa e se sentar na janelinha, mova-se, crie e auxilie as pessoas que querem fazer.
Recomendo, comece a fazer, mesmo que dê errado, não deixe de fazer, não deixe de investir nas ideias, pois o mundo gira e a cada virada existe uma nova história.
Boa semana!