O turismo brasileiro perdeu 33% do faturamento na pandemia e isso já reflete em todo comércio
Esta semana o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro e ao Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, incluiu também os secretários da pasta, que estendam as medidas que flexibilizaram as remarcações, os cancelamentos e os reembolsos para companhias aéreas a outros segmentos do turismo por, pelo menos, dois anos.
Na prática, isso já aconteceu – embora apenas até outubro – no caso do setor aéreo. No último dia do ano passado, o presidente editou a Medida Provisória (MP) 1.024/2020, que, entre outras providências, prorroga para até 31 de outubro de 2021, a vigência de normas estabelecidas na metade do ano passado, com o objetivo de ajudar o setor aéreo a enfrentar a crise de covid-19. Entre elas, a possibilidade de os reembolsos por passagens canceladas serem feitos em até 12 meses, após a data da compra, ou opção de, em vez do ressarcimento, o consumidor poder alterar a data do voo, sem as multas contratuais.
As mesmas regras estavam em vigência, no entanto, para todos os outros segmentos do turismo brasileiro, por meio da MP 948/2020, convertida na Lei 14.046/2020. Essas medidas foram essenciais para que as empresas turísticas não perdessem liquidez e, assim, continuassem operando mesmo em meio aos impactos significativos da pandemia sobre o setor – mantendo negócios e empregos. No entanto, a lei não está mais em vigor.
No entendimento da Entidade, as medidas emergenciais foram tão relevantes, no ano passado, que deveriam ser estendidas agora para outros agentes, como hotéis, locadoras e agências de viagens e de atividades culturais. Além disso, foi solicitado que uma nova MP seja editada, prorrogando a Lei 14.046/2020 para até dezembro de 2022. A iniciativa ajudaria muito um setor que perdeu R$ 51,5 bilhões em faturamento, durante a pandemia de coronavírus, entre março e novembro de 2020, segundo levantamento da Federação. O rombo foi de 33,4% a menos nas receitas do setor em comparação ao mesmo período de 2019.
Além de Jair Bolsonaro e Machado Neto, receberam o ofício da FecomercioSP, o secretário executivo-adjunto do Ministério do Turismo, Higino Brito Vieira, o secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade da mesma pasta, Geanluca Lorenzon e o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa.
Essas medidas parecem distantes de nossa cidade, mas não estão, visto que há diversos hotéis na cidade e outros com interesses de instalação.
Como município de interesse turístico (MIT), precisamos estar atentos às medidas que impactam esses setores e procurar oportunidades para o nosso desenvolvimento.
Boa semana!