Nelson Theodoro Junior

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Aplicativos de mensagens são utilizados por empresas para vendas on-line


Para tentar auxiliar nas mudanças que todas as empresas precisarão realizar, após a crise do coronavirus, pois ao final dela a atividade comercial e a atividade de prestação de serviços não serão mais a mesma, muita coisa vai mudar, haverá a necessidade de se reinventar e de se  reeducar para esse novo tempo.

Em 2019, 57% das empresas venderam pela Internet, com destaque para os setores da indústria, comércio, informação e comunicação, alojamento e alimentação. A maior parte das empresas utilizou aplicativos de mensagens, como WhatsApp, Skype ou chat do Facebook (42%) para intermediar as transações. Outros meios utilizados para a transação foram e-mail (39%), redes sociais (20%), website da empresa (16%) e plataformas de venda (14%). Os resultados integram a pesquisa TIC Empresas 2019, divulgada nessa terça-feira (28) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br.)

A pesquisa aponta ainda que, em 2019, 70% das empresas brasileiras compraram pela Internet, o maior percentual verificado na série histórica da pesquisa. “O comércio eletrônico tem sido uma das principais formas de participação das empresas brasileiras na economia digital.” Os dados da pesquisa mostram uma radiografia de como os diversos setores econômicos estão preparados para a digitalização de suas atividades de negócios, assim como um grande número ainda está fora desse mundo, os dados apontam muitas compras, mas nem todas elas são vendidas pelo mesmo sistema.

 A pesquisa mostra ainda diferenças no comércio eletrônico por porte e setor. Os mercados de atuação em que a maioria das transações se deram entre empresas (B2B), como indústria e construção, usaram boleto ou débito on-line/transferência bancária como forma de pagamento mais frequente. Setores que atuaram, principalmente, com pessoas físicas (B2C), como comércio, alojamento e alimentação, utilizaram o pagamento na entrega e o cartão de crédito em maiores proporções. 

Durante a crise, pode-se perceber que a pesquisa acertou, quando os indicadores apontam que o uso de tecnologias emergentes pelas empresas brasileiras ainda é incipiente. O estudo indica que os serviços em nuvem foram usados pelas companhias: 39% delas pagaram por e-mail em nuvem, 27% pagaram por software de escritório em nuvem, 38% pagaram por armazenamento de arquivos ou banco de dados em nuvem e 23% pagaram por capacidade de processamento em nuvem. Esses números mostram o porquê da dificuldade de muitas das empresas de se adaptarem ao trabalho “fora da empresa”.

A pesquisa constata um cenário de estabilidade entre as empresas brasileiras que possuem website: em 2019, 54% das empresas possuíam um website, proporção que era de 55% em 2017. Porém, a presença em redes sociais teve um crescimento de 8 pontos percentuais em relação a 2017, atingindo 78% das empresas em 2019. Percebeu-se, ainda, o avanço nas companhias de todos os portes: 77% das pequenas empresas possuíam conta em redes sociais, enquanto 78% das médias e 80% das grandes. 

O pagamento por anúncios na Internet também ganhou relevância: em 2019, 36% das empresas afirmaram que pagaram por anúncios na rede. Dentro desse universo, destaque para o setor de alojamento e alimentação, em que 50% das empresas pagaram por anúncios. 

A pesquisa mostra que há um longo caminho para que todas as empresas fiquem realmente presentes no meio digital, seja vendendo, comprando ou prestando serviços. Os números estão ai, dependendo da interpretação como: ” um copo meio vazio ou um copo meio cheio”.

Boa semana!


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