Nelson Theodoro Junior

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E Agora, José?


Em 1942, José Carlos Drummond de Andrade publicou esse poema. Ele ilustra o sentimento de solidão e abandono do indivíduo, na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar.

Bem, é algo assim que estou sentindo agora, tudo provocado pela atual Pandemia e por afoitos em falar, sem antes debruçar exaustivamente nos conteúdos, na busca da acertividade.

Nesta semana, a prefeitura anunciou o retorno às aulas para 8 de fevereiro e, de repente, voltou atrás na informação, agora não há uma data definida para a retomada das aulas presenciais, no município. Isso se mostra que apesar da boa vontade dos novos ocupantes dos cargos, na prefeitura municipal, esses não estão realizando estudos profundos nos temas administrativos, antes de sair cantando como “Galinhas”, cacarejando o ovo recém- botado, ou seja, saem fazendo propaganda, sem saber exatamente avaliar as decisões, ora tomadas. Esse descaso gera mais confusão que informação e já estamos cheios disso.

Os verdadeiros administradores são aqueles capazes de entender o momento em que vivemos. Procuram adaptar-se às novas situações e desafios, E acima de tudo possuem o discernimento de apresentar conceitos e decisões, na hora certa. Sendo assertivos e não confundindo a população ou criando debates desnecessários.

O jovem vereador, João Gasparini, escreveu assertivas informações técnicas detalhadas, demonstrando ser possível realizar estudos profundos, antes de divulgar decisões, seja esta qual for. Precisamos parar de criar factoides ilusórios, fazendo como os personagens Fernandinho e Ofélia, ela só abria a boca, quando tinha certeza.

Reproduzo parte do texto do Gasparini, que me chamou atenção:

“Nossa posição em favor da volta às aulas não é baseada em mera opinião avulsa, mas em percepções, estudos e conversas que temos estabelecido desde o início de nosso mandato. Conversamos com pais, professores, entidades, representantes de escolas municipais, representantes de escolas particulares, Secretária Municipal de Educação, Tribunal de Contas e até com o Secretário Estadual e o Governador”.

“O argumento de que escolas municipais ainda não estão preparadas para o retorno não é válido, afinal, todas as unidades de ensino têm planos individualizados com protocolos sanitários próprios para o retorno às aulas desde 2020”.

“São quase 300 dias de escolas fechadas no Brasil, prazo que não é visto em nenhum outro lugar do mundo.”

“Mesmo representando 29% da população mundial, as crianças simbolizam apenas 8% dos casos de covid-19 notificados. E desses 8%, menos de 2% apresentam complicações agravadas. enviarCrianças e jovens não são supertransmissores, se infectam de 2 a 5 vezes menos que adultos e, quando contraem o vírus, o fazem em ambiente residencial, não escolar”.

“Educação nunca foi prioridade no Brasil. Não possui lucros palpáveis, os beneficiados diretos não votam e estimula pensamento crítico que é nocivo a quem não quer ser questionado. As escolas deveriam, em qualquer situação emergencial, ser os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir.”

Pense nisso. Boa Semana!


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